Viseu, 26 ago (Lusa) - O candidato do CDS/PP à presidência da Câmara de Viseu, Hélder Amaral, prometeu hoje encarar a cultura como prioridade caso seja eleito a 29 de setembro, criando um espaço que venha a servir de montra da atividade cultural local.
"Falta um espaço onde a atividade cultural se encontre, onde a comunidade e os turistas encontrem toda a capacidade artística da cidade, sejam grupos de teatro, bandas de garagem, pintores, escultores ou artesãos. Queremos um espaço que seja uma montra da nossa atividade cultural", explicou.
À entrada da Quinta da Cruz, em Viseu, o candidato centrista explicou que este espaço deveria funcionar no centro histórico da cidade de Viseu, como "uma espécie de 'Covent Garden' de Londres".
"O Mercado 2 de Maio é uma belíssima ideia para fazer isso, mas também pode ser noutro sítio como o atual mercado municipal, se o conseguirmos relocalizar. Tem de ser um espaço próximo, que se possa fruir com tempo, calma e paciência", revelou.
De acordo com Helder Amaral, não existe a pretensão de criar uma verdadeira casa da cultura, mas antes um espaço de fruição e partilha de cultura, onde os artistas possam expor e partilhar ideias.
Caso seja eleito, promete que o município passará a ser um verdadeiro parceiro da atividade cultural e nunca o seu dono.
"Temos de transformar a autarquia num agregador de todas as sinergias que se criem, sendo ela a potenciar e mostrar para fora a atividade cultural local. Tem de ser o polo agregador", acrescentou.
O candidato do CDS/PP pretende ainda envolver toda a comunidade na Feira de S. Mateus, sugerindo para tal ideias que atraiam novos públicos.
"Porque não temos música alternativa, semanas temáticas dedicadas à pintura, escultura ou artesanato, porque não temos no próprio pavilhão empresas de Viseu? Penso que a Feira de S. Mateus deveria ter um dia dedicado a cada concelho do distrito de Viseu", sugeriu.
Defendeu ainda que a Feira Franca deveria ser uma mostra dos melhores produtos da região, entre os quais o vinho, que alega que este ano não tem qualquer expositor.
Para a Quinta da Cruz, espaço onde decorreu o encontro com os jornalistas ao início da tarde de hoje, Helder Amaral elegeu como prioridade que esta venha a ser "um espaço para uma magnífica horta urbana, espaço de lazer e partilha de cultura".
Garante que não tem nada contra o facto de lhe virem a chamar Serralves de Viseu, desde que não se estejam a referir apenas ao edifício.
"Nestas coisas, o mais fácil é tratar-se do edifício e o mais difícil é o que se põe lá dentro. Nem vou criticar o facto de isto ter estado para abrir em 2009 e já estarmos em 2013, mas se fosse um qualquer funicular abriria mais cedo ou se fosse uma qualquer rotunda já teria levado duas revisões", alegou.
Na opinião do candidato centrista, Serralves é bom não pelo edifício, mas pelas exposições, atividades e cartaz.
"Queremos que este espaço não seja uma promessa adiada, mas sim uma realidade. Queremos que a cultura não seja algo de que se fala para preencher um programa eleitoral, mas algo de concreto", concluiu.
CMM // SSS
Lusa/fim
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