domingo, 16 de fevereiro de 2014

Balanço da reunião de Câmara de 13 de Fevereiro



Em mais uma reunião da Autarquia, o Executivo optou por dividir o seu tempo entre as soluções de branqueamento de erros de gestão e a habitual retórica vazia de conteúdo.
Ignorando temas como o aumento da factura da água para as famílias e empresas, ou a discussão sobre a aplicação dos próximos fundos comunitários na região, o Executivo optou por distribuir subsídios e apoios sem critério, terminando a apresentar como soluções brilhantes aquelas que resultam de má gestão de dinheiros públicos e da clara falta de visão estratégica. O CDS-PP regista  assim total falta de eficácia do Conselho Estratégico Viseu Primeiro!
Sendo o desenvolvimento económico um dos pilares do programa do Executivo, a “surpreendente” solução encontrada para a GestinViseu parece ser a mera aplicação do princípio do mal menor. Incapaz de fornecer resposta fundamentada para as duvidas e questões apresentadas pelo CDS-PP, o Executivo limita-se a extinguir uma empresa participada, que somou perdas financeiras ano após ano, sem que fossem assumidas quaisquer responsabilidades ou tomadas medidas para evitar este desfecho.
Sem uma politica de gestão do parque empresarial, sem medidas concretas de atracção de investimento, a Autarquia opta por atribuir subsídios a diversas entidades, sem definição de objectivos, parâmetros de fiscalização e verificação de resultados. Algumas destas entidades duplicam e/ou concorrem directamente com os serviços da autarquia, sendo o caso do recém criado Gabinete do Investidor.
Neste âmbito o CDS-PP propõe: um enquadramento fiscal municipal que faça Viseu distinguir-se e que seja um factor de dinamização da economia da Região; a reformulação radical do regulamento de taxas do município; a reformulação da política dos parques empresariais, a qual deverá ser integrada na política proactiva de atracção de investimento fazendo com que os 3 lotes que agora restam sejam destinados à implantação de empresas fazendo parte de um pacote de benefícios que o Município ofereça a quem em Viseu se queira instalar.
Registo positivo para a extinção da Expovis na certeza de que há muitos anos se trata de uma organização vazia de ideias e responsável apenas pelo marasmo em que transformou a Feira de São Mateus. Na defesa da redução do despesismo e da sustentabilidade financeira o CDS manifesta esperança que a solução proposta na reunião pelo Executivo, parca em informação clara e objectivos definidos, venha a ser reflexo das propostas que o CDS defende para aquele certame. 
Em concreto, o CDS defende que as “Festas de São Mateus”, a decorrer no período da Feira de São Mateus, não se esgotem nela mas tendo-a como evento central, de forma rejuvenescida, que a transformem num grande certame multidimensional, com um conjunto diversificado de eventos e manifestações culturais de projecção nacional e ibérica, como acontece já em outras cidades portuguesas de média dimensão, reforçando a sua componente económica e cultural.

O CDS-PP continuará a pautar a sua presença nas reuniões da Câmara Municipal com um espírito critico, com propostas claras, sustentadas e fundamentadas na procura das melhores soluções e espera que o Executivo abandone a preocupação com a imagem e o branqueamento do passado e passe a olhar o futuro em benefício dos viseenses e da região.