A Assembleia Municipal é por excelência o órgão colegial que
melhor reflecte a representatividade democrática concelhia. É nesta venerável
casa que cidadãos e partidos, eleitos e eleitores, exercem o seu direito de
expressão sendo a sua visão e propostas um inestimável contributo para o progresso do concelho; a todos eles (cidadãos, eleitos e eleitores), sem excepção, devemos estar gratos pelo seu contributo. Apesar do actual sistema autárquico, e consequentemente a opinião pública, estarem focados no Presidente do Município e seu executivo, historicamente, a Constituição (Artigo 251.º) e
demais legislação (por ex. a Lei nº 169/99) atribuem às Assembleias Municipais o papel de principal órgão autárquico do município, este é o órgão deliberativo do município. Entre as suas atribuições e competências encontramos o acompanhamento
e fiscalização do executivo camarário, a aprovação de diversos documentos relevantes como o orçamento municipal ou o plano anual de actividades e não menos importante o estabelecimento de taxas e regulamentos. Infelizmente, por todo o País, nem sempre este órgão tem sido devidamente valorizado, não vamos escamotear que, por diversas razões, a discussão política, dentro desta casa, nem sempre foi a mais desejável; também é verdade que na vida política local existe uma, pouco saudável, falta de tradição de debate e apresentação de políticas construtivas, nas Assembleias, por parte das oposições, que resultem em propostas concretas para o governo do município; no extremo oposto, os diversos executivos autárquicos, tendem a encarar as Assembleias como um apêndice desnecessário onde tudo passa através da maioria política; neste ponto ainda se sente a relativa juventude da nossa
democracia, trinta e nove anos é um curto período de tempo se comparado com democracias seculares. Como bem sabemos, instaurar um regime democrático é mais simples do que desenvolver uma atitude democrática relativamente às diversas instituições e vida colectiva. Tendo em conta tudo o que foi dito, não reconhecer a importância que este órgão colegial detém na vida política local é, por um lado, desconsiderar o voto popular, por outro, desconsiderar a essência da vida democrática. Por todas estas razões assumimos, aqui perante vós, este compromisso. A nossa proposta encerra um misto entre modernidade, transparência e respeito tradicional pela vida democrática que queremos implantar na Assembleia Municipal de Viseu. Queremos que este seja um espaço vibrante de debate e de manifestação plena da vontade e anseios de todos os viseenses. Queremos que este espaço se assuma efectivamente como a Casa da Democracia, onde os membros da Assembleia fiscalizam o governo municipal e um verdadeiro fórum de debate e reflexão sobre Viseu, aberto à participação de todos munícipes.
Propostas:
- Transmissão online integral e em directo das sessões;
- Disponibilizar em site oficial, no mais curto prazo, as actas e
gravações das sessões bem como manter online registo vídeo das sessões depois
de editado;
- Disponibilizar online os registos de interesses bem como faltas, dos
membros da Assembleia assim como o registo da actividade, das intervenções de
cada deputado;
- Conhecimento online, prévio e
atempado, da agenda e documentação relativa à sessão;
- Propor a revisão e actualização
à luz das novas ameaças e realidade socio-económica o Regulamento do Conselho
Municipal de Segurança;
- Propor a criação da Comissão de
Acompanhamento e Fiscalização do Plano Director Municipal;
- Propor a criação da Comissão de
Acompanhamento e Fiscalização do Orçamento;
- A intervenção dos cidadãos (período de intervenção do público) deverá
preceder a restante actividade da Assembleia;
- Possibilidade de marcação
online de intervenções por parte dos cidadãos;
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