Em
mais uma reunião da Autarquia, o Executivo optou por dividir o seu tempo entre
as soluções de branqueamento de erros de gestão e a habitual retórica vazia de
conteúdo.
Ignorando temas como o aumento da factura da água para
as famílias e empresas, ou a discussão sobre a aplicação dos próximos fundos
comunitários na região, o Executivo optou por distribuir subsídios e apoios sem
critério, terminando a apresentar como soluções brilhantes aquelas que resultam
de má gestão de dinheiros públicos e da clara falta de visão estratégica. O CDS-PP regista assim total
falta de eficácia do Conselho Estratégico Viseu Primeiro!
Sendo
o desenvolvimento económico um dos pilares do programa do Executivo, a
“surpreendente” solução encontrada para a GestinViseu parece ser a mera
aplicação do princípio do mal menor. Incapaz de fornecer resposta
fundamentada para as duvidas e questões apresentadas pelo CDS-PP, o Executivo
limita-se a extinguir uma empresa participada, que somou perdas financeiras
ano após ano, sem que fossem assumidas quaisquer responsabilidades ou tomadas
medidas para evitar este desfecho.
Sem
uma politica de gestão do parque empresarial, sem medidas concretas de atracção
de investimento, a Autarquia opta por atribuir subsídios a diversas entidades,
sem definição de objectivos, parâmetros de fiscalização e verificação de
resultados. Algumas destas entidades duplicam e/ou concorrem directamente com
os serviços da autarquia, sendo o caso do recém criado Gabinete do Investidor.
Neste
âmbito o CDS-PP propõe:
um enquadramento fiscal municipal que faça Viseu distinguir-se e que seja um
factor de dinamização da economia da Região; a reformulação radical do
regulamento de taxas do município; a reformulação da política dos parques
empresariais, a qual deverá ser integrada na política proactiva de atracção de
investimento fazendo com que os 3 lotes que agora restam sejam destinados à
implantação de empresas fazendo parte de um pacote de benefícios que o
Município ofereça a quem em Viseu se queira instalar.
Registo positivo para a extinção da Expovis na certeza de
que há muitos anos se trata de uma organização vazia de ideias e responsável
apenas pelo marasmo em que transformou a Feira de São Mateus. Na defesa da redução do despesismo e
da sustentabilidade financeira o CDS manifesta esperança que a solução
proposta na reunião pelo Executivo, parca em informação clara e objectivos
definidos, venha a ser reflexo das propostas que o CDS defende para aquele
certame.
Em
concreto, o CDS defende que as “Festas de São Mateus”, a decorrer no período
da Feira de São Mateus, não se esgotem nela mas tendo-a como evento central, de
forma rejuvenescida, que a transformem num grande certame multidimensional, com
um conjunto diversificado de eventos e manifestações culturais de projecção
nacional e ibérica, como acontece já em outras cidades portuguesas de média
dimensão, reforçando a sua componente económica e cultural.
O
CDS-PP continuará a pautar a sua presença nas reuniões da Câmara Municipal com
um espírito critico, com propostas claras, sustentadas e fundamentadas na
procura das melhores soluções e espera que o Executivo abandone a preocupação
com a imagem e o branqueamento do passado e passe a olhar o futuro em benefício
dos viseenses e da região.