A
resposta à questão enunciada, que parece retórica, não deixa dúvidas, ou seja,
é sempre melhor prevenir do que remediar.
Há
algum tempo que assistimos, nos jornais nacionais, a uma «guerra de palavras».
Uns são defensores das políticas sustentadas no designado «controlo de danos»
com o recurso a substâncias de substituição como é o caso da metadona. Outros
defendem tratamentos «livres de drogas» que obrigam a uma total abstinência por
parte do toxicodependente em tratamento.
Contudo,
este problema parece estar arredado dos fóruns de discussão próprios, sejam
estes nacionais ou regionais. De acordo com um estudo realizado, esta
problemática ocupa o 14.º lugar na tabela de preocupações dos portugueses.
Como
olham os viseenses para este flagelo social que destrói famílias inteiras? Que
políticas têm vindo a ser implementadas? Há algum plano estratégico para a
prevenção e combate à utilização de drogas? As políticas delineadas para a
Saúde estão coordenadas com as da Educação e da Família?
A
liberalização dos consumos de drogas leves, também conhecidas como
«recreativas», transmitiu uma ideia (errada) de carácter inofensivo dessas
substâncias. Não raras vezes, os jovens têm os primeiros contactos com as
drogas. no intuito de se divertirem um pouco mais, acreditando que tudo está
controlado. Infelizmente, em muitos
casos, estas experiências levam ao descontrole dos consumos e à dependência com
todos os riscos associados.
A
Comissão Política Concelhia do CDS PP está atenta e preocupada com esta questão
e tem muitas reservas quanto ao funcionamento, com enquadramento legal, das
Smartshops que têm vindo a ganhar espaço no mercado nacional.
Consideramos
que será, especialmente neste contexto de crise e de instabilidade social,
fundamental delinear estratégias concertadas para a prevenção do consumo de
drogas, tendo um enfoque forte na população escolar. Importa que todos nós
estejamos vigilantes a um fenómeno que poderá ser um poderoso dínamo no que
concerne aos fenómenos de adição: o desemprego.
Entendemos que as políticas para a juventude devem ter em linha de
conta uma nova equação: são jovens, dinâmicos, competentes e com sucesso
académico! Todavia, o mercado de trabalho não lhes dá respostas condicentes com
os seus perfis. Como lidarão eles e as suas famílias com as putativas
frustrações? Talvez deva ser equacionada seriamente uma estratégia concertada
que dificulte a indesejada transição do "paraíso" para as
"trevas".
A
Comissão Política Concelhia de Viseu – CDS PP